naqueles dias, depois do verdadeiro, nasce mano velho. em verdade irmão, traz com ele, por debaixo daquela testa franzida e que lhe corta a cara, um sorriso de futuro, que ao de leve vai mostrando a humanidade que carrega nos ombros. foi por ela que lhe negaram santidade, trocada por pena de pecador.
o pai celeste, na entrega do menino ao pai telúrico - que elevando a fasquia da vida a foi usando como mapa e destino para o pirralho - suspirou-lhe ao ouvido o que dizem as estrelas que lhe salpicam a cara esse domingo:
"a ti, aquário, dou a missão de abrir os olhos dos homens para novas possibilidades. por isso terás o conceito do futuro e do amor fraternal. sentirás a solidão dos que vivem à frente do seu tempo. viverás livre para que possas servir à humanidade renovando a Minha Criação. Para que faças um bom trabalho, dou-te a provação da rebeldia para dominares e, como bênção, concedo-te o dom do progresso."
hoje, renovado, mano velho esquece o passado lavado pelas ondas do mar, olhando o futuro rio acima. embolhado em si mesmo, desiludido procura despojar o corpo da alma, para que sofra e cá não volte mais... que isto não mata, mas o preço da santidade queima as entranhas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário