segunda-feira, 15 de junho de 2009

arco-íris nocturno


o arco-íris apareceu no céu,
exposto, mostrou as suas verdadeiras cores.
enganou-se a salgada gota de água que o atirou ao ar.
o pedestal onde floresce é de barro
e o gozo que lhe dá... é daqui.

está sentado o colorido naquele passeio de lá.
engalanado de plumas, ouros e lágrimas.
são as lágrimas que lhe dão o ar de arco-íris.

as minhas só regam as papoilas perto do portão.
não criam lindos arco-íris. nem pequenas poças.
tiram-me antes a lama do rosto,
para quando me desprender vá limpo de terra.
para quando entrando me lembre que a tive na cara,
para não mais olhar sem ver, nem ouvir sem entender.

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