castigando o corpo depois de mais um dia no caos da criatividade, rumo, a convite de grande amiga, a terras de lá da ria.
é bela ao final do dia, pelas cores reflectidas na sua água, pela maresia e pela sensação de estar longe do que é normal.
o corpo quebrado esquece as maleitas das horas infindas de prisão. a mente fluida propaga agradecimentos sagrados.
ao escurecer chegamos ao restaurante "a peixaria", não fosse conhecimento prévio de quem lá me levou [pouco me faria imaginar que ali tivesse nascido tremenda petisqueira] ficariam por chorar uns chocos com tinta passados na brasa e devidamente regados a "ervideira" fresco que, por estar dentro da camisa de gelo nem deixei ver o rótulo e que corta um travo de molho verde.
a frescura do peixe, exaltada no crepitar do carvão incandescente quando lhe cai o sal em cima, dá laivos de prazer pecaminoso sofrendo no inferno do braseiro. ainda assim vence a entrada no restaurante quase pela cozinha. quase porteiro está aquele diabo cozinheiro atiçando as brasas, logo ali se trava amizade quer com peixes e carnes, quer com o mestre atiçador. logo ali se escolhe o repasto.
pequei irmão... pequei. sabes-me adepto do fritos. os chocos foram encomendados com batatinhas fritas que vieram por segunda vez, quando daqueles chocos me apartei para abraçar umas lulas.
em nota de roda-pé atiro-te o leão sportinguista que guarda bravo a saída, ainda que calmo por ser de gesso ou por ali no céu de deus morar, com uma pata na ria e olhar no marítimo por-do-sol.
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