
salpica-me o pai com laivos de ténue felicidade para depois me mostrar como tenho de o conquistar. por consciência ainda me mantenho sentado ao portão, que dá para o jardim, esperando a hora final em que me verei arredado da escuridão daqueles que trago ainda aos ombros e que pouco vão fazendo para me dar alguma paz. serve a lição de hoje para forjar mais um torneado da minha parcimoniosa humildade. o peso desses que trago é muito e esconde ainda o fugaz raio de luz que almejo para que me aqueça a longa espera ao relento. são gordos e anafados da vivência pouco, ou mesmo nada, altiva... perscrutam a lama onde nascem e onde eventualmente perecerão. olham o seu umbigo rosado e riem aos sábados extenuados sem diligência pelo além.
floreia o meu amado irmão que não use por minha mão, o exagero do ultra romantico quando jorro estas linhas, mas não vejo maneira de alijerar o sentido destas dores.
foge ainda o meu doce, que se vai fazendo, por não entender verbiagem alguma destas passagens, e que descansou por mais soalheiros montados, a sul da minha miséria.
assim mantenho na ilusão a luz que me faz avançar na escuridão, outro sim, sempre sozinhos nos passos.
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