
pede o corpo, expurgado do seu fado para estes dias, que se alimente em abundância para que continue a luta, para que identifique cada teste deste globo, e que o faça passar.
alia-se o pecado à força divina que verga o ser e rumo às areias divisas da ria do mar, para a exaltação da vida, pensamento ao alto, um agradecimento fortuito de mais um exame de consciência.
queimava há muito o sol as águas do mar quando me apresento, florido, às portas do "canastra do fidalgo". entra-se num céu pequeno de velas triangulares por nós inventadas — não te lembras, nem eu, que ajudei noutras vidas a salgar este mar que me banha e repousa o olhar e do qual me apartarei não tardará muito — mesas que investem na proximidades das almas, algumas já embriagadas, outras das terras altas dos nossos seculares bélicos aliados, e de um tecto meio abobadado alusivo decerto ao convés da embarcação que nos acompanha por todo o repasto de pernas para o ar.
no fundo da garrafa de planalto lembro os olhos azuis da tua avó — incansável orientadora —, os valentes tragos do teu avô neves, e os teus anjos. abraçam todos em torno da volta da mesa. eleva-se a razão da reunião a mais um ano passado da flor que trago num vazo ornado. tenho que a proteger da geada da vida, apesar dos gritos silvestres que faz ecoar, não passa de uma japoneira.
sabes ainda irmão, a gula, com sentido divino, não deverá pesar no último tribunal, pesará mais a saudade que trago pelos teus e da demais, por ti.
que deus nos abençoe a todos a cada passo.
1 comentário:
ola o meu nome e manel e sou o proprietario do canastra do fidalgo...uma unica palavra ...obgd
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