
segue em tormenta quem de lá deu nota da agonia em que se vê no escuro vazio do eterno. o esquecimento pesará mais tarde a quem lhe negou a luz. este teu irmão nada pode fazer, a compaixão não te diminui a dor. somos nada perante isto, nada. esquecidos do mundo pela cegueira nefasta do dia-a-dia. ninguém me dá razão para terminar estes longos dias de sofrimento. longe de todos chora sozinha. os ardilosos esquecem... mas o pai não dorme, nem me descansa. culpo-me por não ter sido brutal. esta gente só entende brutalidade. o amor, esse doce carinho, queima-me a face pelas lágrimas que tolhe. sou a besta que adia em agonia a existência de outra alma. quanto pesará este silêncio na noite da minha redenção? afogado nas minhas mentiras, não consigo respirar neste rarefeito ar onde a escuridão me persegue. perdão senhora. perdão. perdessem as minhas veias a força, fosse meu corpo já a erva onde para sempre ficará, e te acompanharia no teu sofrimento esquecido. perdão senhora, perdão.
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