quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

estados tais de desamor



estado d'alma,

as luzes deste natal cegam ainda esses maltrapilhos que me embaraçam a vontade de te ajudar, mas nada posso, nada me deixam, a não ser que te recorde sozinho e te traga arrastada a mim nestes dias de festança pueril que passarás mais uma vez desgarrada. força! força que não tarda a permissão do pai que te alcance a mão e te puxe à luz. esquecem-te, esses, ainda engalanados de certezas e fantochadas. aí jazes atirada ao fundo, sumida da luz e do carinho que outrora que aqueceram. o que peço hoje em dias de natal, é que me perdoes por nada te ter conseguido. essa é a prenda que peço.


estado só,

que nos encontramos juntos na solidão.
que devemos olhar para nós
e encontrar a razão pelo que sofremos.
que nos devemos ver crescer.

não tenho a solução da tua noite.
só te posso mostrar o que alumia a minha.
é ténue essa minha luz.
é o parco reflexo da minha fé.


nestas alturas manda o pai, pela voz do mano, palavras de conforto para um novo ano. merecemos caminhar na luz... "procura o caminho com fé"

perdoa-me mas hoje não te darei esperança... mas raiva para lutar.

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