segunda-feira, 28 de setembro de 2009

o passar do tempo


senta-te no passeio a meu lado e vê.
há folhas no chão e pequenos bichos.
o jardim cheira bem,
mas ainda não chegou a nossa hora.
não nos percamos em profanas idiotices,
são correias que te aferrolham cá.
na fé de lá entrar encontras as forças que precisas,
confia na borboleta que sussurra.
não precisas sentir até o fim do tempo.
precisas de perdão, amor e silêncio.
encontras a paz deste portão a dentro,
e em ti a dor de ser daqui,
que te trouxe de longe.

acredita. a vida está perto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde. Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho: eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.

Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"